arte, bicicletada curitiba, cicloativismo

Cartaz da Bicicletada de Sábado para este mês de maio – Arte por DW

Bicicletada maio 2009
Bicicletada maio 2009

 

* ps: Os participantes do fórum da bicicletada curitiba e da comunidade do orkut, deram a sugestão de ir na próxima bicicletada com máscara de filtro de ar, ou de oxigênio, como forma de protesto.  Eu gostei da idéia e vou aderir.

* ps2: Para quem não participa do fórum ou da comunidade orkut, e tiver afim de participar seja bem vindo(a).

Fórum Bicicletada Curitiba: http://www.bicicletadacuritiba.org/forum/

Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=28430544

artigos, bicicleta, cicloativismo, mobilidade urbana

A vez das “magrelas”

Paris é uma das cidades mais charmosas do mundo. Mas, como toda grande cidade, ela sofre com problemas de tráfego. Nos últimos anos, alguns projetos buscam melhorar a mobilidade urbana, e o destaque é o Vélib, que dispõe de bicicletas públicas junto às estações de metrô para empréstimo, 24 horas por dia. Como diz o mote do projeto, a cidade é mais bela de bicicleta.

Nova Iorque, a seu modo, também é uma bela cidade. E, como cantou Frank Sinatra, se você vence em Nova Iorque, você vence em qualquer lugar. Essas pessoas vencedoras na capital do mundo usam o transporte público. A bicicleta também, sempre esteve lá, disputando lugar com os carros. Mas agora a cidade entendeu que ela é um importante meio de transporte em época de crise energética e consciência ambiental e social, e vem abrindo espaço para os ciclistas, com ciclovias, ciclofaixas e paraciclos (como aqueles aros chumbados no piso para prender as bicicletas). E elas não estão apenas nos parques ou junto aos rios, mas nas ruas centrais da cidade.

A bicicleta, no Brasil, tem uma história mais triste: ou era associada a presente para crianças (você com mais de 30 anos se lembra das campanhas de natal com os bilhetinhos de “não esqueça da minha Calói”); ao uso de lazer; ou, finalmente, como única possibilidade de deslocamento para os trabalhadores mais pobres.

Talvez essas associações tenham causado problemas para que a bicicleta fosse vista como um meio de transporte sério e nobre. Mas se a bicicleta for encarada como o melhor meio de transporte para distâncias pequenas e médias, como se fez em Paris e em Nova Iorque, colocando-se infraestrutura adequada nos principais eixos de deslocamento e polos de tráfego, as pessoas poderão preferir a bicicleta. E se essas cidades, entre as mais importantes e populosas do mundo, criaram ciclofaixas em suas ruas centrais, não há qualquer desculpa para que nossas cidades não possam fazer o mesmo.

O ciclista sabe que terá benefícios para sua própria saúde, e também econômicos – sem gasto com tarifa de ônibus, ou, de carro, com combustível e estacionamento. Porém, todos nós deveríamos saber, as “magrelas” trarão benefícios para toda a cidade. Cada ciclista é um motorista a menos nas ruas. É alguém que poluirá menos, e que incentivará o comércio nas redondezas de sua casa, pois não poderá transportar grandes volumes por longas distâncias. É também alguém que procurará usar os espaços públicos para lazer, como parques e ciclovias nas redondezas de sua casa. Enfim, alguém que poderá manter toda a cidade viva.

Hoje, quando falamos isto, diversas vezes nos veem como irrealistas (como disse um colega da UFPR, nos enxergam como um daqueles que, mesmo adulto, ainda pede sua Calói no Natal). Mas um dia Curitiba teve orgulho de seus ciclistas e ciclovias – hoje em boa parte sucateadas. Quem sabe agora que Paris, Nova Iorque e até São Paulo estão dando mais atenção aos ciclistas, Curitiba não volte a olhar por nós – e novamente de modo inovador.
Fábio Duarte é diretor do doutorado em gestão urbana da PUCPR.

Artigo publicado originalmente na Gazeta do Povo, em 25/05/2009, por Fábio Duarte. Link: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=889558&tit=A-vez-das-magrelas

artigos, bicicleta, mobilidade urbana

Enfim, uma boa notícia.

Alceni, não esqueça minha caloi 🙂

Tecnologia, criatividade e orientação
serão usadas para melhorar o trânsito

Publicado em: 22/05/2009 16:40

 O prefeito Beto Richa determinou às equipes de infraestrutura urbana da Prefeitura um pacote de medidas para a melhoria do trânsito da cidade, que começarão a ser vistas e sentidas pelos curitibanos já nas próximas semanas. Serão mudanças em regras de circulação, novas áreas de Estacionamento Regulamentado (EstaR), correções no traçado de algumas ruas e a criação de faixas exclusivas para ônibus em pontos-chave da região central da cidade, além da implantação de novos binários.

O calendário de ações está sendo concluído pelas equipes técnicas. Entre as primeiras mudanças estarão as proibições de estacionamento na9s vias rápidas nos horários de maior movimento, e a proibição definitiva em algumas ruas onde já existe restrição de horário para estacionar. Nas avenidas que acompanham canaletas, os motoristas também perceberão novas proibições de conversões à esquerda, que geravam conflito de tráfego e risco de acidentes com ônibus.

O secretário municipal de Planejamento, Alceni Guerra, explica que o pacote de soluções de trânsito está dividido em cinco eixos: educação e informação, tecnologia de trânsito, infraestrutura de circulação, novos binários e incentivo aos meios alternativos de transporte na região central.

Para disseminar educação e informação de trânsito, a Prefeitura vai fazer novas campanhas e buscar parcerias com escolas, empresas, igrejas e todas as instituições que possam colaborar. “Mobilidade urbana é um problema de todos, por isso deve ser uma responsabilidade compartilhada”, afirma. Serão usados os meios de comunicação tradicionais, por exemplo as propagandas em televisão, mas também serão buscadas novas formas de levar as mensagens educativas ao cidadão. “Em Bogotá, na Colômbia, por exemplo, foram usados mímicos nas ruas para mostrar atitudes negativas e positivas no trânsito, e foi um grande sucesso. Vamos usar a criatividade como aliada da mobilidade”, afirma.

No eixo da tecnologia de trânsito, o esforço será concentrado na melhoria do sistema de semáforos, com o uso de equipamentos inteligentes, alimentado por informações em tempo real, sistemas de câmeras, e painéis eletrônicos com informações instantâneas para os motoristas sobre bloqueios, pontos de lentidão e caminhos alternativos.

Na infraestrutura de circulação, a Prefeitura fará obras de melhorias de sinalização horizontal (faixas) e vertical (placas). Correções geométricas vão resolver os problemas das pistas que estreitam ou alargam de uma quadra para outra, gerando conflitos de tráfego. Com as proibições de estacionamento em algumas ruas também será possível aumentar o número de faixas de rodagem, melhorando a capacidade de circulação.

Na região central, a Prefeitura de Curitiba vai desestimular o uso do automóvel e incentivar os meios alternativos. Em algumas ruas, o transporte com bicicletas terá prioridade sobre os veículos. Melhorias na rede de calçadas vão motivar as pessoas a fazer a pé os deslocamentos menores .O desenvolvimento destas medidas está sendo feito pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

A criação de novos binários é um dos pontos mais importantes do pacote. Serão construídos 12 binários até 2010, com ajustes e mudanças de tráfego nas ruas de ligação entre bairros, bem como o Centro e os bairros com maior volume de tráfego. Os binários deixam o trânsito mais ágil e seguro porque são formados por duas ruas paralelas, de mão-única, com sentidos opostos.

“A lista de medidas, especialmente as de longo prazo, não é fixa. Estaremos atentos a novas necessidades e faremos adaptações. O importante é ter uma ação efetiva diante do problema real do aumento da frota da cidade, que ganha 200 carros novos por dia, tornando o trânsito um de nossos maiores desafios”, afirma o secretário de Planejamento.  

 

MUDANÇAS  

 

Resumo das principais soluções de trânsito planejadas pela Prefeitura de Curitiba.  

 

Binários:

Proibição de Estacionamento 

 Nilo Peçanha com Albino Silva (Bom Retiro)

Rua Leôncio Corrêa com Herculano Carlos Franco de Souza (água Verde)

Av. Nossa Senhora Aparecida com rua José Naves da Cunha (Seminário)

Av. Manoel Ribas, em dois trechos: com rua Júlia Wanderley (Bigorrilho) e com rua Teixeira de Freitas (São Francisco)

Rua Alcino Guanabara com Júlio César Ribeiro (Hauer)

Rua Nivaldo Braga com Olga Balster (Capão d aImbuia)

Rua Belo Horizonte com Lindolfo Pessoa (Batel)

Rua Júlia da Costa com Princesa Isabel (Batel)

Rua Jerônimo Durski com Gastão Câmara (Bigorrilho)

Rua Costa Carvalho com Euclides da Cunha (Batel)

Rua Padre Germano Mayer com Camões (Hugo Lange)

Rua Amazonas com Avenida dos Estados (Água Verde)

De segunda a sexta das 7h às 20h, sábados das 7 às 14h: vias rápidas e avenida Silva Jardim

Em definitivo: ruas Desembargador Motta, Carneiro Lobo, Carlos de Carvalho, Vicente Machado, Bento Viana, Ângelo Sampaio, Visconde de Guarapuava

 Instalação de EstaR 

Rua Vicente Machado (novos trechos)

Av. João Gualberto (Alto da Glória)

Transversais das avenidas Marechal Floriano, República Argentina e Padre Anchieta 

Faixas exclusivas para ônibus

Nas ruas Barão do Serro Azul, Desemb. Westphalen, Alferes Poli, avenidas Iguaçu e Água Verde.

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(C) Prefeitura Municipal de Curitiba – http://www.curitiba.pr.gov.br

Notícia impressa em: 25/05/2009 11:44

 

 Artigo publicado originalmente em: http://www.curitiba.pr.gov.br/Noticia.aspx?n=16402

artigos, bicicleta

Comunidade alemã decide ter uma vida sem automóveis e vira referência

Muito interessante, reproduzo abaixo o artigo publicado originalmente no UOL Notícias Internacionais.
Link para o artigo original:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/05/12/ult574u9344.jhtm

12/05/2009
Comunidade alemã decide ter uma vida sem automóveis e vira referência

Elisabeth Rosenthal
Em Vauban (Alemanha)
Os moradores desta comunidade afluente são pioneiros suburbanos. Eles superaram a maioria das mães que levam os filhos para jogar futebol ou executivos que fazem todos os dias o trajeto dos subúrbios até o centro da cidade: essas pessoas abriram mão dos seus carros.

Estacionamentos de rua, driveways (pequena estrada que vai geralmente da entrada da garagem até a rua) e garagens são, em geral, proibidas neste novo distrito experimental na periferia de Freiburg, perto da fronteira com a Suíça.

Mulher caminha com sua criança por rua exclusiva para trânsito de pessoas e bicicletas em Vauban
Mulher caminha com sua criança por rua exclusiva para trânsito de pessoas e bicicletas em Vauban

Nas ruas de Vauban os carros estão totalmente ausentes – com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg, e de umas poucas ruas na zona limítrofe da comunidade. A propriedade de automóveis é permitida, mas só há dois locais para estacionamento – grandes garagens localizadas no limite da comunidade, onde os proprietários compram uma vaga, por US$ 40 mil, juntamente com uma casa.

Outra mãe caminha com seu filho em bicicleta pelas tranquilas ruas de um bairro de Vauban
Outra mãe caminha com seu filho em bicicleta pelas tranquilas ruas de um bairro de Vauban

Como resultado, 70% das famílias de Vauban não têm automóveis, e 57% venderam o carro para se mudarem para cá.

“Quando eu tinha carro, estava sempre tensa. Desta forma sou muito mais feliz”, afirma Heidrun Walter, profissional de mídia e mãe de dois filhos, enquanto caminha pelas ruas cercadas de verde, onde o ruído das bicicletas e a conversa das crianças que passeiam abafam o barulho ocasional de um motor distante.

Vauban, que foi concluída em 2006, é um exemplo de uma tendência crescente na Europa, nos Estados Unidos e em outros locais. Trata-se da separação entre a vida suburbana e a utilização de automóveis, como parte integrante de um movimento chamado de “planejamento inteligente”.

Os automóveis são um fator de coesão dos subúrbios, onde as famílias de classe média de Chicago a Xangai costumam construir as suas residências. E, isso, segundo os especialistas, consiste em um grande obstáculo para os atuais esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa que saem pelos canos de descarga, com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Os carros de passageiros são responsáveis por 12% das emissões de gases causadores do efeito estufa na Europa – uma proporção que só está aumentando, segundo a Agência Ambiental Europeia -, e por até 50% em algumas áreas dos Estados Unidos.

Embora nas duas últimas décadas tenha havido tentativas de tornar as cidades mais densas e mais propícias para as caminhadas, os planejadores urbanos estão levando agora esse conceito para os subúrbios e concentrando-se especificamente em benefícios ambientais como a redução de emissões. Vauban, que tem 5,500 habitantes e uma área aproximada de 2,6 quilômetros quadrados, pode ser a experiência mais avançada em vida suburbana com baixa utilização de automóveis. Mas os seus preceitos básicos estão sendo adotados em todo o mundo em tentativas de tornar os subúrbios mais compactos e mais acessíveis ao transporte público, com menos espaço para estacionamento. Segundo essa nova abordagem, os estabelecimentos comerciais situam-se ao longo de calçadões, ou em uma rua principal, e não em shopping centers à beira de uma auto-estrada distante.

“Todo o nosso desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial esteve concentrado no automóvel, e isso terá que mudar”, afirma David Goldberg, funcionário da Transportation for America, uma coalizão de centenas de grupos nos Estados Unidos – incluindo instituições ambientais, prefeituras e a Associação Americana de Aposentados – que estão promovendo novas comunidades que sejam menos dependentes dos carros. Goldberg acrescenta: “A quantidade de tempo que se passa ao volante de um carro é tão importante quanto possuir um automóvel híbrido”.

Levittown e Scarsdale, subúrbios de Nova York com casas de áreas enormes e garagens privadas, eram os bairros dos sonhos na década de 1950, e ainda atraem muita gente. Mas alguns novos subúrbios podem muito bem lembrar mais Vauban, não só nos países desenvolvidos, mas também no mundo subdesenvolvido, onde as emissões da frota cada vez maior de carros particulares da crescente classe média estão sufocando as cidades.

Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está promovendo as “comunidades com número reduzido de carros”, e os legisladores estão começando a agir, apesar de que com cautela. Muitos especialistas acreditam que o transporte público que atende aos subúrbios desempenhará um papel bem maior em uma nova lei federal de transporte aprovada neste ano, afirma Goldberg. Nas legislações anteriores, 80% das apropriações destinavam-se, por lei, a auto-estradas, e apenas 20% a outras formas de transporte.

Na Califórnia, a Associação de Planejamento da Área de Hayward está desenvolvendo uma comunidade semelhante a Vauban chamada Quarry Village, nos arredores de Oakland. Os seus moradores podem ter acesso sem carro ao sistema de trânsito rápido da Área da Baía e ao campus da Universidade Estadual da Califórnia em Hayward.

Placas como esta foram instaladas pelas ruas do distrito de Vabuan, nos arredores de Freiburg
Placas como esta foram instaladas pelas ruas do distrito de Vabuan, nos arredores de Freiburg

Sherman Lewis, professor emérito da universidade e líder da associação, diz que “mal pode esperar para mudar-se” para a comunidade, e espera que Quarry Village possibilite que ele venda um dos dois automóveis da família e, quem sabe, até mesmo os dois. Mas o atual sistema ainda conspira contra o projeto, diz ele, observando que os bancos imobiliários temem uma queda do valor de revenda de casas de meio milhão de dólar que não têm lugar para carros. Além disso, a maior parte das leis de zoneamento urbano dos Estados Unidos ainda exige duas vagas para automóveis por unidade residencial. Quarry Village obteve uma isenção dessa exigência junto às autoridades de Hayward.

Além disso, geralmente não é fácil convencer as pessoas a não terem carros.

“Nos Estados Unidos as pessoas são incrivelmente desconfiadas em relação a qualquer ideia de não possuir carros, ou mesmo de ter menos veículos”, diz David Ceaser, co-fundador da CarFree City USA, que afirma que nenhum projeto suburbano do tamanho de Vauban banindo os automóveis teve sucesso nos Estados Unidos.

Na Europa, alguns governos estão pensando em escala nacional. Em 2000, o Reino Unido deu início a uma iniciativa ampla no sentido de reformar o planejamento urbano, desencorajando o uso de carros ao exigir que os novos projetos habitacionais fossem acessíveis por transporte público.

“Os módulos urbanos relativos a empregos, compras, lazer e serviços não devem ser projetados e localizados sob a premissa de que o automóvel representará a única forma realista de acesso para a grande maioria das pessoas”, afirma o PPG 13, o documento revolucionário de planejamento, lançado pelo governo britânico em 2001. Dezenas de shopping centers, restaurantes de fast-food e complexos residenciais tiveram a licença recusada com base na nova regulamentação britânica.

Na Alemanha, um país que é a pátria da Mercedes-Benz e da Autobahn, a vida em um local onde a presença do automóvel é reduzida, como Vauban, tem o seu próprio clima diferente. A área é longa e relativamente estreita, de forma que o bonde que segue para Freiburg fica a uma distância relativamente curta a pé a partir de todas as casas. Ao contrário do que ocorre em um subúrbio típico, aqui as lojas, restaurantes, bancos e escolas estão mais espalhadas entre as casas. A maioria dos moradores, como Walter, possui carrinhos que são rebocados pelas bicicletas para fazer compras ou levar as crianças para brincar com os amigos.

Para deslocamentos a lojas como a Ikea ou às colinas de esquiação, as famílias compram carros juntas ou usam automóveis arrendados comunitariamente pelo clube de compartilhamento de automóveis de Vauban.

Walter já morou – com carro privado – em Freiburg e nos Estados Unidos.

“Se você tiver um carro, a tendência é usá-lo”, diz ela. “Algumas pessoas mudam-se para cá, mas vão embora logo – elas sentem saudade do carro estacionado em frente à porta”.

Vauban, local em que se situava uma base do exército nazista, ficou ocupada pelo exército francês do final da Segunda Guerra Mundial até a reunificação da Alemanha, duas décadas atrás. Como foi projetada para ser uma base militar, a sua planta nunca previu o uso de carros privados: as “ruas” eram passagens estreitas entre as instalações militares.

Os prédios originais foram demolidos há muito tempo. As elegantes casas enfileiradas que os substituíram são construções de quatro ou cinco andares, projetados de forma a reduzir a perda de calor e maximizar a eficiência energética. Elas possuem madeiras exóticas e varandas elaboradas; casas isoladas das outras são proibidas.

Por temperamento, as pessoas que compram casas em Vauban tendem as ser “porquinhos da índia verdes” – de fato, mais da metade dos moradores vota no Partido Verde alemão. Mesmo assim, muitos afirmam que o que os faz morar aqui é a qualidade de vida.

Henk Schulz, um cientista que em uma tarde do mês passado observava os três filhos pequenos caminhando por Vauban, lembra-se com entusiasmo da primeira vez que comprou um carro. Agora, ele diz que está feliz por criar os filhos longe dos automóveis; ele não tem que se preocupar muito com a segurança deles nas ruas.

Nos últimos anos, Vauban tonou-se um nicho comunitário bem conhecido, apesar de não ter gerado muitas imitações na Alemanha. Mas não se sabe se este conceito funcionará na Califórnia.

Mais de cem candidatos se inscreveram para comprar uma casa na Quarry Village, e Lewis ainda está procurando um investimento de US$ 2 milhões para dar início ao projeto.

Mas, caso a ideia não dê certo, a sua proposta alternativa é construir no mesmo local um condomínio no qual o uso do automóvel seja totalmente liberado. Ele se chamaria Village d’Italia.

Tradução: UOL

literatura, textos

Reflexão – Aristóteles

Volte e meia encontro textos legais no orkut,por isso resolvi postá-los aqui no blog. Pra começar, esse maravilhoso texto de Aristóteles:

*
“Ninguém é dono da sua felicidade,
Por isso não entregue, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém,
Absolutamente ninguém.
Somos livres, não pertencemos a ninguém!
E não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida.
Quando sentires um vazio na alma,
Quando acreditares que ainda está faltando algo,
Mesmo tendo tudo,
Remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você…
Não coloque objetivos longe demais de suas mãos,
Abrace os que estão ao seu alcance hoje.
Se andas desesperadas por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares,
Busca em teu interior a resposta para acalmar-te,
Você é reflexo do que pensas diariamente.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você,
E você estará afirmando para você mesmo que está “pronto” para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais,
E não esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor.
Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
Por fim acredite que não estamos sozinhos em nossas caminhadas um instante sequer, se nossos passos forem dados em busca de justiça e igualdade!
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Aristóteles (texto escrito no ano 360 a.C